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Conheça as hérnias de parede abdominal e saiba como tratá-las

Clínica Forster • mar. 18, 2020
O aparelho digestivo é formado por alguns órgãos como a boca, a faringe, o esôfago, o estômago, intestinos delgado e grosso e o ânus. Sobretudo, no processo de digestão humano, o alimento percorre todos esses órgãos, passando por um processo de transformação química e mecânica para que seja absorvido pelas células. Algumas doenças como a hérnia de parede abdominal podem afetar o aparelho digestivo ou algum dos órgãos que o compõe.

De acordo com uma estimativa do Ministério da Saúde, de 3% a 8% dos brasileiros apresentam algum tipo de hérnia na região do abdômen. No entanto, esse tipo de problema pode ser tratado com cirurgia por um especialista em Cirurgia do Aparelho Digestivo. Após o procedimento, dificilmente, há a recidiva da hérnia. Confira a seguir mais detalhes sobre a hérnia de parede abdominal, causas, tratamentos, entre outros.

Saiba o que é uma hérnia de parede abdominal

A hérnia é uma protusão parcial ou total de um ou mais órgãos por um orifício que se abriu por má formação ou enfraquecimento nas camadas de tecido que protegem os órgãos internos. As hérnias surgem quando acontece um deslocamento da parte de um órgão, e essa parte passa a invadir um espaço que não deveria.

A hérnia de parede abdominal é bastante recorrente. Caracteriza-se por um abaulamento causado, geralmente, por porções do intestino delgado. Isso ocorre por que a parede abdominal passa a ser incapaz de conter o conteúdo que fica dentro da cavidade do abdômen. Em síntese, existem quatro tipos de hérnias de abdominais:

  • Hérnia umbilical: ocorre ao redor do umbigo e em sua maioria são congênitas, entretanto, algumas podem ser adquiridas na idade adulta por causa da obesidade, gravidez ou excesso de líquido no abdômen.
  • Hérnia epigástrica: é o tipo que ocorre através de pequenos defeitos naturais na linha média da parede abdominal superior. Caracteriza-se pelo abaulamento da região abdominal.
  • Hérnia incisional: ocorre em locais do abdômen que já foram submetidos à algum procedimento cirúrgico e ocorrem devido à cicatrização inadequada das incisões. Este tipo de hérnia apresenta altos índices de recidiva e de complicação.
  • Inguinal: pode ocorrer em um ou nos dois lados da virilha, ou seja, na região inguinal, e é muito mais frequente em homens do que em mulheres.

Causas e Sintomas

A principal causa de hérnia de parede abdominal é o enfraquecimento da musculatura da parede abdominal. O problema pode ser genético ou resultante de algum procedimento cirúrgico realizado na região. É possível que ocorra também após o aumento da pressão no abdômen (obesidade ou gravidez, por exemplo), assim como em situações de esforço físico e levantamento de peso exagerados. 

Quando pequenas as hérnias podem não apresentar sintomas, apenas inchaço na área acometida por elas. Muitas vezes, aparece apenas ao levantar peso, tossir ou se esforçar. Elas não costumam causar desconforto.

A hérnia pode manifestar-se num momento, desaparecer espontaneamente e voltar a manifestar-se de novo. Entretanto, quando o orifício da passagem dos órgãos fica mais estreito, acontece a chamada hérnia encarcerada ou estrangulada, e a hérnia passa a ser mais dolorida.

Uma hérnia encarcerada causa a obstrução na parede intestinal. Já em caso de estrangulamento, ocorre a impossibilidade de circulação sanguínea, o que pode causar infecção ou, em casos mais graves, a necrose.

Neste caso, há um bloqueio da circulação sanguínea na parte do tecido em que ocorreu a protrusão. Quando isso ocorre, ela causa dor constante e vai aumentando gradualmente. Também pode causar náusea e vômito e é sensível ao toque.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico da hérnia de parede abdominal é feito através de uma avaliação clínica, na qual o médico poderá tocar e olhar a região. Podem ser necessários alguns exames de imagens como:
  • ecografia; 
  • tomografia computadorizada;
  • radiografia convencional;
  • ressonância magnética;
  • herniografia;
  • ultrassonografia.

Tratamento

O tratamento para hérnia de parede abdominal é cirúrgico. No entanto, em alguns casos ela pode regredir sozinha, como quando são pequenas ou em bebês. O procedimento cirúrgico é o único tratamento efetivo. Assim, é indicado mesmo em casos sem a manifestação de sintomas, a fim de evitar complicações e problemas futuros. 

Quando há a manifestação de sintomas ou ocorre o encarceramento ou estrangulamento da hérnia, existe a necessidade de ser tratada o mais rápido possível, devido ao risco de complicações relacionadas à circulação sanguínea. Há também o risco de inflamação, perfuração, infecção e necrose. Nestes casos, a cirurgia deve ser feita imediatamente.

Como é a cirurgia?

O procedimento é realizado no centro cirúrgico, com anestesia local ou raquidiana e pode ser feito através da cirurgia aberta ou por laparoscopia. A segunda opção é considerada minimamente invasiva e a recuperação é mais tranquila e rápida. 

A hérnia é comprimida para dentro do abdome e o orifício é fechado com uma tela projetada especialmente para este tipo de correção. 

Cuidados pré e pós-cirúrgicos

O pré-operatório exige alguns cuidados do paciente, conforme as instruções do médico que irá realizar o procedimento. No entanto, as recomendações mais comuns são fazer jejum, podendo tomar apenas líquidos até três horas antes da cirurgia.

A recuperação de uma cirurgia de contenção de hérnia de parede abdominal é rápida. Cerca de dois dias depois o paciente já tem alta do hospital e as recomendações médicas costumam ser:
  • Evitar esforço físico intenso por pelo menos um mês;
  • Usar analgésicos e anti-inflamatórios para dor que serão prescritos pelo médico;
  • Não dirigir durante o período indicado pelo médico;
  • Fazer consulta de reavaliação, sete dias depois da cirurgia.
As complicações da cirurgia de hérnia de parede abdominal são raras. O que pode ocorrer é uma infecção no local, se não for cuidado adequadamente, dormência nas pernas, dor de cabeça, náusea e vômito e recorrência da hérnia.

Conclusão

A hérnia é uma doença que pode não apresentar sintomas, mas a cirurgia é sempre indicada, a fim de evitar possíveis complicações e problemas futuros. Em casos mais graves, o procedimento cirúrgico deve ser realizado o mais breve possível. Quando as estruturas da parede abdominal estão muito enfraquecidas, a utilização de telas cirúrgicas que fornecem a sustentação adequada à parede do abdômen é necessária. Além disso, a recidiva da hérnia é pouco frequente.
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